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sexta-feira, 19 de março de 2010

Seguindo o Amor

Quando o amor acenar, siga-o
ainda que por caminhos ásperos e íngremes.
E quando suas asas o envolverem, renda-se a ele
Ainda que a lâmina escondida sob suas asas possa feri-lo.
E quando ele falar a você, acredite no que ele diz,
Ainda que sua voz possa destroçar seus sonhos,
Assim como o vento norte devasta o jardim.
Pois, se o amor coroa,
ele também o crucifica.
Se o ajuda a crescer, também o diminui.
Se o faz subir às alturas
e acaricia seus ramos mais tenros que tremem ao sol,
também o faz descer às raízes
e abala sua ligação com a terra.
Como os feixes de trigo, ele o mantém íntegro.
Debulha-o até deixá-lo nu.
Transforma-o, livrando-o de sua palha.
Tritura-o, até torná-lo branco.
Amassa-o, até deixá-lo macio
e, então, submeta-o ao fogo para que se transforme
em pão, no banquete sagrado de Deus.
Todas essa coisas pode o amor fazer
para que você conheça os segredos de seu coração
e, com esse conhecimento,
se torne um fragmento do coração da vida.

Khalil Gibran (O Profeta)

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